domingo, 9 de agosto de 2015

Questão desafio

TEXTO I

FULANO DE TAL

O anonimato é como fortaleza sitiada: quem  está nele quer dele sair, e quem está fora quer entrar nele. O lema de quem está no anonimato é: que falem mal de mim, mas que falem. O lema de quem perdeu o anonimato é: não se fala na mulher de César. Tal atitude ambivalente quanto ao anonimato é coisa recente. Épocas anteriores assumiam posições mais decididas. Em tempos arcaicos, ter nome conhecido significava estar exposto a poderes nefastos. O conhecimento do nome conferia ao inimigo armas destrutivas, já que a força vital ( mana) está escondida no nome. Por isso os nomes eram guardados em segredo, e por isso o nome de Deus é impronunciável. Na Antigüidade, ter nome significava não tanto ser falado, mas ser cantado. E já que os poetas que cantam os nomes não passam de bocas das Musas, ter nome significava quase ser divinizado. Na Idade Média, ser anônimo significava poder humildemente agir para a maior glória de Deus, e ter nome significava, portanto, cair na tentação do pecado mortal do orgulho. Na Idade Moderna, fazer nome significava permanecer na memória coletiva (portanto, entrar em Museu, imaginário ou não), e ter nome significava alcançar a imortalidade (por exemplo: a das academias). Atualmente ter nome é problema.

Algumas razões da problematicidade da fama são estas: é muito fácil penetrar na memória coletiva, dada a comunicação de massa. Basta participar de programa televisionado do tipo Chacrinha1. É igualmente fácil ser esquecido. Basta mudar o programa. A memória da massa é muito fugaz, e pode sê-lo. Pode sê-lo porque existem memórias infalíveis: os cartões perfurados2 dos computadores. O problema é pois este: onde quero ter nome, na massa ou no cartão perfurado? Se na massa, ficarei esquecido. Se no cartão, serei desumanizado. Chato isto.

Ainda existem academias, museus, anais de sociedades elegantes, enciclopédias e nomes de ruas. Posso querer fazer nome em tais memórias arcaicas, chamadas “da elite”. Não serei nem esquecido, nem lembrado, mas embalsamado. A imortalidade das múmias ainda é possível. Não parece valer a pena. Só satisfaz à vaidade. Portanto, morreu a fama.

Igualmente morreu o anonimato. Na Idade Moderna, ser igual a outros significava querer ser melhor que o vizinho. Competição no anonimato em busca de nome. Atualmente, ser igual aos outros significa não querer distinguir-se do vizinho. Mas como todos querem ser excêntricos, significa querer ser excêntrico para não distinguir-se. Eis a solução do problema: fazer do nome "Fulano de Tal" nome famoso. Em suma: no futuro próximo todos serão famosos. Democracia? Não, fascismo.
(FLUSSER, Vilém. Ficções filosóficas. São Paulo: EdUSP, 1998.)

1Chacrinha - apresentador de televisão dos anos 60
2cartões perfurados - equivalentes aos disquetes dos
atuais computadores

Questão 01

O filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser aborda o problema da fama historicamente, observando como ele se teria manifestado em tempos arcaicos, na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Moderna e na contemporaneidade.
Explique a diferença entre os tempos arcaicos e a contemporaneidade, quanto ao desejo de obter alguma fama.





Paulo Leminski


Conhecendo o polaco.

Um pouco de filosofia.

Para futuras reflexões....

Tema de redação PUC

Variando o gênero textual


                                                             2006

Segundo pesquisa realizada com 403 entrevistados de 16 a 23 anos pelo Laboratório Unicarioca de Pesquisas Aplicadas, a pedido da Megazine e publicada no jornal O Globo, em 12/7/2005, "boa parte dos jovens (...) não parece levar ética a sério nos assuntos do dia-a-dia."
Dos jovens entrevistados, "34% admitem ter tirado dinheiro da carteira de pais, parentes ou amigos sem avisar, 8,92% nunca fizeram isso, mas não acham nada demais, e outros 22% nunca cometeram esse delito, mas conhecem pessoas que já o fizeram (...) 38% das pessoas ouvidas falsificaram a assinatura dos pais em algum documento ou correspondência da escola (...) e 21% já usaram a internet para difamar alguém."
Na opinião da psicóloga Teresa Creusa Negreiro, "Ao menos metade das pessoas que responderam que nunca agiram de tal maneira, mas conhecem gente que já, na verdade, fez aquilo ou está disposta a fazer."
De acordo com uma pesquisa do Pró–Saber (21/5/2001 a 8/6/2001), realizada a partir de entrevistas com 1002 alunos de escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro, da 7ª série do fundamental à 3ª série do Ensino Médio, pode-se chegar "à visão de um adolescente que não trabalha (90,3%), que navega na internet se for da escola particular (50,5%), que tem amigos (94,4%) e que valoriza neles principalmente a solidariedade, a sinceridade, a lealdade, a cumplicidade, independentemente da classe social a que pertence."
Na fala da pesquisadora Rosiska Darcy de Oliveira, o adolescente "pousa na amizade como no mais sólido chão e faz dela o terreno onde brota o melhor de si: lealdade na adversidade, atenção à felicidade do outro, incondicionalidade em face de terceiros, franqueza na intimidade."
Nos trechos selecionados, adultos procuram conhecer o jovem com que convivem hoje em dia. Considerando todas essas visões sem, no entanto, copiar nenhuma, desenvolva, de forma objetiva e bem fundamentada, em um texto escrito em prosa, a sua concepção sobre os valores que orientam a conduta de pessoas jovens como você.
O texto a ser produzido deve ser um artigo de opinião a ser veiculado em um jornal da universidade e deve ter, aproximadamente, 25 linhas.

Dê um título criativo ao seu texto. 

Redação PUC

Faz dez anos, sim. Mas vale a reflexão,pois é bem atual.
Vamos ao trabalho!



2005
Tema: A efemeridade / transitoriedade dos fatos, dos valores, das relações e seus efeitos no ser humano.
     Verificamos hoje em dia que tudo pode ser acessado de imediato, mas é efêmero / transitório: pode acabar instantaneamente e ser substituído na mesma velocidade com que foi descoberto ou vivido. Podemos chegar à constatação de que estamos envolvidos em relações de superficialidade, em acúmulo de tarefas e imersos numa constante falta de tempo.
Para auxiliar sua reflexão, leia os textos abaixo e a seguir produza um artigo de opinião, com cerca de 25 linhas, em que você desenvolva o tema proposto de forma clara, coerente e com argumentação bem fundamentada. Não se esqueça de dar um título adequado ao seu texto.
Texto 1
     "Nunca a questão do olhar esteve tão no centro do debate da cultura e das sociedades contemporâneas. Um mundo onde tudo é produzido para ser visto, onde tudo se mostra ao olhar, coloca necessariamente o ver como um problema. Aqui não existem mais véus nem mistérios. Vivemos no universo da sobreexposição e da obscenidade, saturado de clichês, onde a banalização e a descartabilidade das coisas e imagens foi levada ao extremo. (...) O indivíduo contemporâneo é em primeiro lugar um passageiro metropolitano: em permanente movimento, cada vez mais longe, cada vez mais rápido. (...) A velocidade provoca, para aquele que avança num veículo, um achatamento da paisagem. Quanto mais rápido o movimento, menos profundidade as coisas têm, mais chapadas ficam, como se estivessem contra um muro, contra uma tela. A cidade contemporânea corresponderia a este novo olhar. Os seus prédios e habitantes passariam pelo mesmo processo de superficialização, a paisagem urbana se confundindo com out-doors. O mundo se converte num cenário, os indivíduos em personagens."
PEIXOTO, Nelson Brissac. O olhar do estrangeiro. In: NOVAES, Adauto. (Org.) O Olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 361.

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Texto 2
     "Parece claro que o mundo está passando por uma reconfiguração. Os efeitos das profundas transformações provocadas pela cultura digital sobre a formação de identidades, as questões éticas e a variação de papéis sociais do indivíduo contemporâneo foram abordados pelas duas principais estrelas do Seminário no Rio ["O Eu em rede: A subjetividade na cultura digital"], os filósofos franceses Edgar Morin e Jean Baudrillard. Uma curiosidade é que o pensador Baudrillard foi citado/homenageado no primeiro filme da série Matrix, na cena em que o personagem Neo (Keanu Reeves) esconde seus programas piratas dentro de um exemplar do livro Simulacros e Simulações. (...) Segundo os filósofos, todos se transformam em atores do espetáculo total da realidade, como nos atos televisivos imediatos dos reality shows. Cada indivíduo é uma reprodução de um eu genérico, conectado em rede e em perpétuo feedback comunicacional. É o novo fundamentalismo do circuito integrado: o indivíduo sozinho já se torna massa. (...) Outro aspecto delicado é que os critérios pragmáticos e até mesmo o vocabulário operativo da tecnologia se sobrepõem cada vez mais à reflexão sobre o sentido da vida. A eficácia prevalece sobre os conceitos de justo, certo e bom."

TRIGO, Luciano. A realidade existe?. In: Continente Multicultural, edição no 31, jul 2003.
http://www.continentemulticultural.com.br/revista031/materia.asp?m-Capa&s=1

Competências do ENEM


Vai fazer aprova de linguagens e códigos e suas tecnologias? Então vamos ajudá-lo a estudar.
O primeiro passo é conhecer as competências e habilidades do ENEM.
Vamos lá!
Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
H1 – Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 – Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 – Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 – Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
 Assim, a Competência 1 e suas respectivas habilidades apontam para a necessidade de compreensão das funções sociais dos gêneros digitais, assim como os impactos que provocam em diferentes atividades - pessoais e profissionais, por exemplo- afinal são textos que estão em nosso cotidiano.
Competência de área 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
H5 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 – Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 – Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 – Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.

Com a globalização e a informatização, o uso da língua estrangeira tornou-se fundamental para adquirir, compartilhar e construir saberes. Além de permitir que o jovem cresça academicamente e amplie suas possibilidades de estudo. 
Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 – Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 – Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11 – Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

Espera-se que o candidato compreenda que o corpo expressa cultura, identidade social e amplia as possibilidades de expressão do indivíduo.
Isso pode ser percebido na dança, no folclore, de forma geral, na ginástica entre outros...

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Tema de redação 2

"Brasil,pátria educadora."Como podemos atuar para mudar essa realidade que contrasta com o lema do Governo Federal?
O que está errado na educação? Podemos fazer diferente? Como romper com esteriótipos e preconceitos históricos?
Veja o vídeo e reflita sobre o que pode ser feito para mudar essa triste realidade nacional.
Elabore uma proposta de intervenção.

Tema de redação 1

A reportagem é chocante e promove uma reflexão sobre os motivos que levam ao consumo das drogas.
Será que a proibição e o uso da violência são as melhores formas de combate?
E a liberação seria a melhor saída?
Veja o vídeo  e se posicione criticamente sobre o problema.
Formule uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.

Desculpas

Amigos,desculpem os dias sem postagens. Estou envolvido em vários projetos e algo seria prejudicado.Infelizmente foi o blog.
Vamos retomar as atividades e continuar levando cultura para quem deseja se preparar para o vestiba.
Obrigado por entender este momento!
Monteiro